Sou como um rio que regressa à fonte
E se queda a narrar lendas das margens:
Os rápidos e a espuma das viagens,
O que se esquece, sem que alguém o conte.
Ninguém foge do cárcere da infância.
Conto e reconto, assim, a mesma história:
A do rapaz no cerco da memória,
Em espirais de som e de fragrância...
Nada morreu, nem cal, nem a penumbra
Talvez porque maior que a própria tarde.
Tudo parou neste retrato grave
Onde o passado é canto que ressumbra...
Que fique o odor do barro junto à mina.
Só no que permanece o grão germina.
Poema do vilaflorense João de Sá, do seu livro Flores para Vila Flor.
As fotografias são de Brunhoso (Rua do Fundão e Rua da Oliveira), dia 2 de Fevereiro de 2008.
terça-feira, 4 de março de 2008
Entre a memória e a presença
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