quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Há momentos


Há momentos p'ra Amar ao pôr-do-sol;
Há momentos p'ra Brindar ao novo-dia;
Há momentos p'ra Cantar que se é livre;
Há momentos p'ra Dançar em sintonia;
Há momentos p'ra Esperar aquele sorriso;
Há momentos p'ra Falar dos nossos sonhos;
Há momentos p'ra Galantear sempre à chegada;
Há momentos p'ra Homenagear a integridade;
Há momentos p'ra Imaginar a paz na terra;
Há momentos p'ra Justificar nossas ausências;
Há momentos p'ra Libertar crises estéreis;
Há momentos p'ra Murmurar: "gosto de ti";
Há momentos p'ra Namorar só de mãos dadas;
Há momentos pr'a Observar o azul do céu;
Há momentos pr'a Perdoar sem condição;
Há momentos pr'a Questionar tantos porquês;
Há momentos pr'a Reconquistar o coração;
Há momentos pr'a Saborear pequenos gestos;
Há momentos pr'a Trautear a descoberta;
Há momentos pr'a Ultrapassar os nossos medos;
Há momentos pr'a Virar aquela página;
Há momentos pr'a Xingar porque "ele há dias...";
Há momentos pr'a Zarpar só no momento...
Mas....
verdadeiramente:

OS MOMENTOS SÃO TODOS AQUELES QUE CONSIGO AGARRAR PARA SER
E FAZER
FELIZ...

Poema escrito por Esmeralda.
Fotografia tirada no dia 23 de Dezembro de 2007, na Serra, em Brunhoso.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Por altura do entrudo


Está na altura de ir adiantando alguns ingredientes para as refeições típicas do Carnaval. Além de um bom arroz doce, é necessário um bom bulho (butelo), pé e orelha de porco, queixal, as tradicionais casulas e espigos (para o arroz).
Atenção que não se pode comer sopa no dia de Carnaval, sob pena de andar o ano inteiro com o nariz a pingar.
Se tiver oportunidade, utilize as panelas de ferro para cozer as casulas e o bulho. O gosto tradicional só é conseguído desta forma.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Até breve


À partida uma Mãe
Se os quer ver bem felizes
Agarra-os com toda a força:
- "Portem-se bem ó petizes"!

Mas neste caso não é
Um grupo de pequenada
São Homens Sérios e Atentos
Gente da Boa e Honrada!

O que pretendo afinal?
Dizer-vos um "até breve"
Gostei muito de estar convosco
Abraços e Beijos pr'a quem escreve!

Poema escrito por Esmeralda no Fórum da Página de Brunhoso, em 05-07-2007.
A fotografia foi tirada junto à igreja matriz de Brunhoso em 01-11-2007.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Sonho de Natal


Eu tive um sonho.
Sonhei
Que andava pelo Universo.
Andava a apanhar estrelas;
Eram belas, eram belas.
Eu estava deslumbrado
Por poder brincar com elas;
São todas minhas, pensei.
Sonhei que estava acordado.

Como era lindo o meu sonho
De brincar com as estrelas!
São tantas.que vou fazer delas?
Já sei:
Levá-las p'rá minha terra,
Onde ficarão, suponho,
Maravilhados ao vê-las.

Eis senão quando uma estrela,
A mais bela,
Fugiu por - disse-me ela -
Vir perder a liberdade;
Talvez dissesse a verdade
Pois, sorrindo para mim,
(Lá vai ela.)
Ao fugir dizia assim:

«Vou fazer o meu Natal
Num mundo maravilhoso
Onde é sempre nascimento;
Não há guerras, tudo é paz,
O poder não é um mal
Nem existe o odioso;
Não há dor nem sofrimento,
Violência não se faz;
Lá ninguém é invencível,
A inveja é desprezível
E injustiças nem vê-las;
Não há grandes nem pequenos,
Brancos, pretos ou morenos
Porque todos são estrelas».

(Podia ser em Brunhoso
Pensei eu cá para mim).

Não vás, estrela fagueira,
Fica comigo a sonhar,
Não queiras ser altaneira;

Mas a estrela não ficou,
E o meu sonho acabou.

Recusei-me a acordar.

Poema escrito por "dos olmos" no Fórum da página de Brunhoso, a 20-12-1007.
Fotografia tirada em 21-12-2007, nos Ferreiros, em Brunhoso.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Brunhoso à luz da candeia

Naquele tempo a autoridade não se discutia. Era Deus no céu e Salazar em Lisboa. O Presidente da Câmara era um Doutor rico e importante (jà o pai dele tinha sido) que estava lá por ser amigo dos dois anteriores e cuja missão era só zelar pelo seu respeito. Em Brunhoso havia um Presidente da Junta que administrava sem reclamações, embora as calçadas das ruas estivessem cada vez mais esburacadas, os caminhos da ladeira eram carreiros, não havia saneamento, nem electividade, água havia nas bicas e nas fontes. Os indígenas nunca tinham conhecido melhor ou já não se lembravam e as autoridades distantes e omnipotentes não admitiam protestos. Havia um regedor que tal como o Presidente da Junta nada fazia, pois as pessoas eram pacificas e resolviam os pequenos choques e divergências entre eles, por vezes à lambada e ao pontapé. O padre Zé era a autoridade religiosa e a única que mostrava algum serviço. Fazia os baptizados, casamentos e funerais sem cobrar nada por isso. Era um homem bom, rico, teimoso e virtuoso, vivia rodeado de 3 ou 4 mulheres e nunca se lhe conheceu filho algum. Rezava as missas, a que era obrigatório assistir aos domingos, sob pena de pecado mortal, ou de se ser apelidado de protestante ou comunista, o que para o povo eram a mesma coisa. Homens à frente mulheres atrás, todos cumpriam a sua obrigação, com mais devoção as mulheres pois habitualmente só elas comungavam ( as mulheres foram sempre mais pecadoras). O padre Zé além de dar o dinheiro dos responsos aos rapazes que o ajudavam à missa, dava cigarros a muitos homens, a alguns passou-lhes o vício (era no tempo em que o tabaco não fazia mal às pessoas). A autoridade máxima dos garotos era a professora, imponente,competente e altiva, ensinou-lhes a matemática, a gramática, a geografia e as vénias do zalazarismo. Brunhoso vivia em paz, miséria (quase todos) e harmonia, pelo menos desde à 500 anos atrás, pois que conste as Invasões Francesas não passaram por lá. Até ao Entrudo! A procissão ainda vai no adro e o Jacob leva o estandarte maior!

Texto escrito por Zamit no Fórum da página web Brunhoso.
Fotografia tirada no dia 25-12-2007, numa casa antiga na Malhada.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Viva a vida


Gritarei louvor à vida em melodia,
Hão-de ouvir-me em sítios bem distantes;
Pararão para pensar por uns instantes
E, pensando, vão sentir grande alegria.

Verão que a vida tem momentos fascinantes,
Que é sonho, invenção, é luz, é dia;
Epopeia, saga, canto, sinfonia,
Que fazem dos descrentes seus amantes.

Se no viver há mistérios insondáveis,
Deixemos que a razão seja vencida,
Libertemos fantasias saudáveis.

E se o nascer é o primeiro hino à vida,
Ecoaram no ar sons memoráveis
No dia em que nasceu a Margarida.

Poema da autoria de "dos olmos", colocado no Fórum Brunhoso, a 18-01-2008.
Fotografia tirada na Fraga do Poio, no dia 26 de Maio de 2007. Planta do género Dianthus da família das Caryophyllaceae.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Matança do Porco


Este é um quadro cada vez mais raro nas nossas aldeias. No entanto, durante os meses de Dezembro e Janeiro ainda é possível ouvir ao longe e adivinhar a morte do porco, cebado durante um ano para poder servir de base à alimentação da família. Mais do que uma necessidade é um ritual que se encaixava no ritmo anual das festas e das colheitas.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Montaria ao Javali

Montaria ao Javali, em Brunhoso, Mogadouro, no dia 16 de Fevereiro de 2008.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

dia 24, no Barreiro


No dia 24 de Dezembro, dei um passeio com o meu cunhado pelo Barreiro. Enquanto me mostrava o local onde crescia o linho e a fraga onde se protegia da chuva, a noite foi chegando. Olhando o horizonte em direcção ao poente, a vista era magnífica. Tão bela que não necessitava de cores para ser mágica!

domingo, 13 de janeiro de 2008

ainda os Reis


Mais uma fotografia do Cantar dos Reis em Brunhoso.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Cantores dos Reis


Grupo de cantores dos Reis, em Brunhoso, Janeiro de 2008.
Fotografia enviada por Sílvia Ferreira.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Fogueira de Natal

No Natal não tive oportunidade de fazer uma visita à Fogueira. Este era o aspecto que a mesma apresentava no dia 24 à noite. Dizem que houve alguma animação. No próximo Natal, vamos marcar um encontro à volta da fogueira.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Presépio junto à Casa do Povo


Não tive ainda oportunidade de mostrar a quem não pôde ir a Brunhoso na quadra natalícia, o bonito presépio que esteve no Fundo das Eiras, completamente "encaixado" na paragem. Já estamos habituados a ir a Brunhoso e ser surpreendidos, em cada ano, com um presépio diferente mas sempre muito tradicional e belo. Como diria a minha amiga Esmeralda, "que as mãos nunca vos doam" para continuares a fazer o mesmo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

À azeitona no Cachão

Os dias de apanha de azeitona foram poucos. O tempo esteve primaveril e deu para andar pelo Cachão quase de manga curta. Tive a companhia de gente jovem, animada, que até (imagime-se) me ensinaram a limpar oliveiras. Nestes "passeios" à ladeira, fiz um bom conjunto de fotografias. Esta é uma homenagem àqueles que me acompanharam, alguns dias antes do Natal, António (Toninho) Carrasco, Luís Alberto Barranco, Luís Marcos.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Presépio na Igreja de Brunhoso

Como habitualmente nesta quadra natalícia, havia na igreja de Brunhoso um bonito presépio. Esta fotografia foi tirada no dia 24 de Dezembro, não tendo ainda o Menino Jesus colocado no lugar.
Os meus parabéns aos construtores de tão belo presépio.